Sistema identifica pragas em cacaueiros 

Ferramenta auxilia produtores no reconhecimento de novas doenças nas plantações

07/09/2022 às 18:35 atualizado por Da redação - SBA | Siga-nos no Google News
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Foi anunciado na semana passada o Sistema de Identificação das Pragas do Cacaueiro pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) por meio da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), a novidade vai apoiar agricultores familiares, produtores rurais tradicionais, empresas agrícolas, associações, indústrias e cooperativas de cacau a reconhecer antecipadamente pragas que podem devastar a cadeia produtiva da cultura.

O sistema é uma referência fundamental de modernização de tecnologia aplicada, porque funcionará de forma digital, proporcionando o encaminhamento de vídeos, áudios e imagens das plantações e dos frutos. Com a nova descoberta, os cientistas da Ceplac poderão examinar os materiais enviados pelos produtores, realizar o diagnóstico mais preciso e até mesmo dirigir-se ao local para exame, quando necessário. 

Outra vantagem do sistema é que o produtor não precisará fazer a locomoção até um centro da Ceplac e não terá necessidade de encaminhar amostras de materiais infectados, oferecendo mais economia, maior desenvoltura ao processo e assim prevenindo, assim, a proliferação de pragas em outras plantações, o que representa mais preservação para o setor cacaueiro. 

Saiba Mais

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As pragas são agentes bióticos (microorganismos ou insetos) que provocam danos na agricultura e são autores de 10% a 40% da perda da produção agrícola. As principais pragas que afetam a produção global do cacau são: podridão Parda (35%), vassoura-de-bruxa (20%), vírus - broto inchado (16%), entre outros.
Desde 2019 pesquisadores observam que cacaueiros do Sul da Bahia estão morrendo em função de uma doença que atinge os ramos e os galhos dessas árvores, apresentando descoloração e evoluem podendo atingir até as raízes da planta, essa doença atinge quase todos os países que plantam o cacau.

Uma das particularidades da doença é que ela só fica perceptível quando já está enraizada no cacaueiro, e podendo ser propagada dentro da sua plantação sem que o produtor saiba, além disso o estudo mostrou que a proliferação dessa doença ocorre com maior frequência em áreas desfavoráveis a planta. Vale reforçar que os produtores devem ter um cuidado maior com as plantas infectadas, para sua recuperação e para que não contamine as demais. 
Por causa do avanço da enfermidade, os produtores de cacau devem ficar atentos ao surgimento dos sintomas dessa doença e, ao detectarem algum caso, levem imediatamente ao conhecimento da Comissão.

Com informações do Mapa 

Foto capa Ceplac


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